Início Para trás New search Date Min Max Aeronáutica Setor Automóvel Corporativo Cibersegurança Defesa e Segurança Financeiro Saúde Indústria Sistemas inteligentes de transporte Serviços públicos digitais Serviços Espaço Blog Tudo Setor Automóvel Mobilidade conectada – o futuro, já na próxima interseção 13/06/2025 Imprimir Partilhar Lembra-se do seu primeiro carro? Para alguns, a resposta será um melancólico "sim". Talvez tenha sido um modelo totalmente analógico, com motor ruidoso e escape fumarento. Para outros, um carro com ar condicionado e cruise control já seria um avanço significativo. E para os mais novos, provavelmente o primeiro carro já trazia uma série de sistemas eletrónicos cujas siglas são difíceis de recordar.Evolução contínuaNas últimas três décadas, o setor automóvel passou por uma transformação profunda, impulsionada pela evolução tecnológica e pela digitalização. Nos anos 90, os veículos eram essencialmente analógicos: controlo mecânico, painéis de instrumentos cheios de ponteiros e sistemas de segurança limitados a cintos de segurança e, em alguns casos, airbags ou sistemas ABS. A qualidade e a segurança dependiam principalmente da engenharia mecânica, enquanto a eletrónica desempenhava um papel discreto.Apesar da existência de computadores de bordo desde o final dos anos 60, conhecidos como ECUs (Unidades de Controlo Eletrónico), a sua real evolução e expansão só ocorreu nos anos 90, levando à introdução de assistências à condução, navegação GPS, sensores de estacionamento ou sistemas de travagem de emergência. Posteriormente, câmaras e radares aumentaram a segurança e eficiência, e os veículos passaram a integrar múltiplas unidades de controlo especializadas.Essa evolução culminou no conceito de Software Defined Vehicle (SDV) – veículos definidos por software, cuja capacidade e funcionalidade são continuamente atualizadas, como se fossem um smartphone com rodas.Mobilidade para todosContudo, nem todos se deslocam de carro. Os transportes públicos também evoluíram significativamente, com sistemas de pagamento diversificados, informação em tempo real e até wifi a bordo. Paralelamente, surgiram novos meios de mobilidade urbana, como trotinetes e bicicletas partilhadas, bem como os TVDEs, oferecendo alternativas práticas e sustentáveis.As cidades apostam cada vez mais em meios suaves de transporte, reduzindo o tráfego poluente nos centros urbanos. Esta transformação só foi possível graças à evolução tecnológica que criou plataformas de gestão dos veículos partilhados, possibilitando monitorizar os trajetos e otimizar a disponibilidade.Hoje, as cidades oferecem uma mistura de opções de mobilidade, permitindo que os cidadãos escolham a forma mais conveniente de se deslocarem.Desafios da mobilidade urbanaApesar das opções diversificadas, a coexistência de múltiplos meios de transporte pode causar conflitos no espaço público. Automóveis, transportes públicos, bicicletas, trotinetes, TVDEs e peões disputam frequentemente infraestruturas que nem sempre estão preparadas para essa diversidade.Esta partilha pode gerar congestionamentos e riscos de acidentes, como os atropelamentos com fuga, que têm aumentado, e o excesso de TVDEs que contribui para o tráfego urbano.E se tudo estivesse conectado?Imagine se o seu carro pudesse comunicar com outros veículos, autocarros, bicicletas e até com peões. Imagine aproximar-se de uma interseção e o seu carro avisá-lo da aproximação de uma criança a correr para a estrada. Ou que o trânsito se ajustasse automaticamente para dar passagem a uma ambulância em emergência.Não é apenas ficção. Atualmente, em toda a Europa, estão em curso projetos que exploram a tecnologia V2X (Vehicle-to-Everything). Estes sistemas permitem a comunicação entre veículos e infraestrutura, promovendo a coordenação de manobras em tempo real.Em Portugal, destacam-se os projetos C-ROADS Portugal e C-STREETS, que seguem as diretrizes da plataforma C-ROADS da UE. Estas iniciativas permitiram testar soluções como a gestão de semáforos para melhorar a fluidez do trânsito e a segurança.A tecnologia V2X permite, por exemplo, que veículos ajustem a velocidade para evitar colisões em cruzamentos ou que recebam informações sobre obras, limites de velocidade temporários e aproximação de veículos prioritários. O objetivo é promover uma mobilidade mais segura e sustentável, coordenando a circulação de veículos de emergência e reduzindo os tempos de deslocação.Tecnologia ao serviço da mobilidadeEstas tecnologias não visam controlar os condutores, mas sim aumentar a segurança e o conforto na mobilidade urbana, contribuindo também para a redução das emissões e a criação de cidades mais inteligentes.A implementação gradual destas soluções ainda está numa fase inicial, mas as fundações estão lançadas. Em breve, os veículos poderão adaptar-se automaticamente às condições do trânsito e responder rapidamente a imprevistos.O futuro da mobilidadeA mobilidade conectada está a tornar-se uma realidade. Os primeiros passos já foram dados, e as cidades do futuro serão marcadas por soluções que integram veículos autónomos, infraestrutura inteligente e serviços multimodais.A próxima geração talvez já nem precise de um primeiro carro, pois as opções de mobilidade partilhada e inteligente estarão totalmente integradas no tecido urbano. Para as gerações futuras, a mobilidade conectada será tão natural como hoje é ter um smartphone.Bruno GonçalvesITS Head of Business Development Portugal | GMV Imprimir Partilhar Comentários O seu nome Assunto Comente Sobre os formatos de texto HTML Restrito Etiquetas de HTML permitidas: <a href hreflang target> <em> <strong> <cite> <blockquote cite> <code> <ul type> <ol start type> <li> <dl> <dt> <dd> <h2 id> <h3 id> <h4 id> <h5 id> <h6 id> As linhas e os parágrafos quebram automaticamente. Endereços de páginas Web e de e-mail transformam-se automaticamente em ligações. 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