A Europa reforça a sua segurança espacial através do projeto EMISSARY

Em 2024, a Comissão Europeia adjudicou o projeto EMISSARY a um consórcio de empresas, entre as quais se inclui a GMV. O objetivo do EMISSARY é desenvolver um sistema europeu de vigilância espacial militar no âmbito do Fundo Europeu de Defesa (EDF, na sigla em inglês), que apoia a investigação e o desenvolvimento na indústria de defesa europeia. O projeto dispõe de um orçamento superior a 157 milhões de euros e dá continuidade aos projetos INTEGRAL e SAURON, focados no desenvolvimento de protótipos para o centro de controlo e para os sensores do sistema de vigilância espacial.

A vigilância espacial militar tem como missão proteger os ativos militares no espaço e apoiar operações em terra. Nos últimos anos, o espaço tornou-se um domínio estratégico a considerar no atual contexto geopolítico, o que reforçou de forma significativa a importância da vigilância espacial.

A vigilância espacial militar tem como missão proteger os ativos militares no espaço e apoiar operações em terra. Nos últimos anos, o espaço tornou-se um domínio estratégico a considerar no atual contexto geopolítico, o que reforçou de forma significativa a importância da vigilância espacial.

O sistema a desenvolver no âmbito do projeto EMISSARY será responsável por monitorizar aproximações de satélites espiões, lançamentos de objetos ou mísseis, bem como sobrevôos de satélites de observação ou comunicação, de modo a apoiar operações terrestres. Este sistema permitirá ainda uma plena colaboração entre os Estados-Membros através da Rede de Vigilância Espacial (Space Surveillance Network).

O objetivo desta cooperação é enriquecer a Imagem Reconhecida do Espaço (Recognized Space Picture) de cada país com dados de Conhecimento da Situação Espacial (SSA, na sigla em inglês). Para além disso, o projeto contempla o desenvolvimento de tecnologias de sensores de última geração, destinadas a ser integradas no sistema.

O consórcio responsável pela execução do projeto é liderado pela empresa italiana Leonardo e integra cerca de 50 entidades, incluindo as principais empresas da indústria espacial europeia. O papel da GMV é de máxima relevância, uma vez que lidera o desenvolvimento do protótipo do sistema e assume a responsabilidade técnica pelos componentes fundamentais. Além disso, a GMV irá fornecer capacidades para o catalogação, deteção e acompanhamento de aproximações, bem como para o seguimento de lançamentos e a caracterização de objetos espaciais.

O projeto, que terá início em abril de 2025 e conclusão prevista para 2029, representará um avanço significativo na colaboração militar europeia, dado que o centro de controlo do sistema de vigilância será composto por diferentes nodos, um em cada Estado-Membro, capazes de colaborar entre si. Paralelamente, proporcionará capacidades de topo em Consciência do Domínio Espacial (SDA, na sigla em inglês) e em sensores de vigilância espacial.