A GMV desenvolve tecnologias essenciais para a navegação no sistema solar

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A exploração humana e robótica avança a grande velocidade e afirma-se como uma atividade recorrente nos próximos anos, com voos e aterragens que deixarão de ser exceção para se tornarem habituais. Neste contexto, dispor de sistemas avançados de navegação e comunicação torna-se um requisito indispensável para garantir o êxito das missões no Sistema Solar. Uma navegação precisa e fiável permite que naves espaciais, rovers e astronautas se desloquem por terrenos desconhecidos e frequentemente hostis, localizem objetivos científicos, contornem obstáculos e regressem em segurança ao ponto de partida. A comunicação, por sua vez, assegura o fluxo constante de dados, comandos e informação crítica entre os exploradores e os centros de controlo, ligando mundos longínquos aos recursos e ao conhecimento da Terra.

A Agência Espacial Europeia (ESA) promove missões e satélites que irão proporcionar serviços locais de navegação e comunicação, como o Moonlight para a Lua e o Marconi para Marte. A GMV participa de forma decisiva neste esforço, contribuindo para o desenvolvimento de tecnologias de navegação avançadas que irão facilitar a exploração em todo o sistema solar.

Entre os contratos mais recentes destaca-se o MARVEL, no qual a GMV trabalha na definição dos sistemas de navegação de Marte e da Lua. O projeto inclui a conceção de sinais, métodos de posicionamento, determinação de órbitas no espaço profundo e análise do desempenho esperado ao nível do utilizador. Em paralelo, iniciativas como o MARCONI (Mars Communication and Navigation Infrastructure) irão oferecer uma capacidade de navegação local semelhante aos sistemas GPS e Galileo existentes na Terra.

Outro marco é a iniciativa NOVAMOON, atualmente em fase A, num consórcio liderado pela Airbus. O seu objetivo é criar uma estação europeia de navegação lunar capaz de monitorizar a constelação Moonlight a partir da superfície da Lua, garantir uma transferência de tempo precisa com a Terra e fornecer dados de aumentação que otimizem o desempenho do sistema. Em setembro de 2025 terá início a fase B1, dedicada ao refinamento da conceção, preparação da aquisição e integração dos diversos componentes. A estação será instalada na ArgoNet, a primeira missão lunar do programa Argonaut da ESA.

A experiência da GMV em navegação para utilizadores é amplamente reconhecida. As suas equipas de GNC e Robótica desenvolveram tecnologias essenciais para a navegação no espaço profundo, consolidando a empresa como uma referência europeia na navegação a bordo de missões complexas. Um exemplo é o LUPIN, um protótipo testado em Fuerteventura que simula sinais de navegação lunar e permitirá dotar os futuros rovers de um sistema equivalente ao GPS terrestre — uma espécie de “Google Maps” para a Lua.

No âmbito das aterragens, a GMV participou no projeto LHDAC, que desenvolveu uma solução baseada em câmaras e redes neuronais para detetar perigos em terrenos complicados, reduzindo custos e recursos face aos sistemas tradicionais de LiDAR. O projeto culminou com êxito em agosto de 2025.

Com esta trajetória, a GMV reafirma o seu compromisso com a evolução da navegação no sistema solar e continuará a desenvolver tecnologias que ofereçam soluções fiáveis de posicionamento e sincronização para satélites, rovers, módulos de aterragem e veículos de ascensão em futuras missões.

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