O diretor-geral da GMV, Jesús B. Serrano, participou em dezembro no XI Fórum «Megatendências: Indústria e Competitividade», organizado pelo jornal El Economista. No âmbito do evento, Serrano interveio na mesa-redonda «Autonomia estratégica: a prioridade da defesa», onde foram analisados os desafios geopolíticos que condicionam o desenvolvimento da indústria de defesa na Europa e avaliadas as medidas necessárias para reforçar a soberania tecnológica e orçamental do setor.

Num contexto internacional cada vez mais complexo, torna-se cada vez mais evidente a importância de iniciativas tecnológicas que impulsionem o setor da defesa. No caso de Espanha, o Governo comprometeu-se a aumentar a despesa em defesa dos atuais 1,28 % para 2 % do PIB antes do final da década. Para o diretor-geral da GMV, Jesús B. Serrano, este incremento é fundamental para o desenvolvimento de tecnologias próprias que garantam a autonomia estratégica da Europa — um objetivo que, no entanto, ainda está distante, sublinhou.

Apesar do compromisso político, o diretor-geral da GMV enfatizou a necessidade de criar um enquadramento normativo claro que permita concretizar os objetivos do setor da defesa. «O primeiro que é necessário é um quadro de atuação, algo que ainda não existe. Não há fundos, nem regras, nem normas… O impulso político existe, mas não o normativo», destacou.

Espanha tem sido historicamente um dos países da NATO com menor investimento em defesa em proporção do PIB. Face a este cenário, o diretor-geral da GMV sublinhou que a situação deve mudar para que Espanha conquiste o seu lugar no setor: «Para além do nível de investimento, é preciso gerar uma influência espanhola na Europa condizente com o seu papel. A GMV quer que Espanha assuma a sua posição para que, em termos económicos e de influência, o país seja capaz de criar procura conjunta dentro da União Europeia», concluiu.