No âmbito do evento organizado pelo NatWest, entrado na relação entre inteligência artificial e sustentabilidade, a GMV apresentou a sua visão sobre a aplicação de tecnologia inovadora no combate às alterações climáticas. Ángel C. Lázaro, responsável de robótica e automatização para o setor industrial da GMV, deu a conhecer o projeto AgrarIA, uma iniciativa orientada para transformar o setor agroalimentar espanhol, tornando-o mais eficiente, sustentável e tecnologicamente avançado.

O AgrarIA, financiado pelo Ministério para a Transformação Digital e da Função Pública, combina tecnologias como inteligência artificial, robótica e bioengenharia para responder aos grandes desafios do setor agrícola. No centro do projeto está um espaço de dados interoperável que conecta toda a cadeia de valor do setor — desde a produção até à distribuição — numa única plataforma capaz de otimizar processos e promover a sustentabilidade a médio e longo prazo. Durante a sua intervenção, Ángel explicou como o AgrarIA está a desenvolver soluções inovadoras para melhorar a eficiência dos recursos e contribuir para o cumprimento dos objetivos climáticos globais.

Entre os casos de uso destacados encontram-se: a criação de gémeos digitais que otimizam o consumo energético em centrais frigoríficas; o desenvolvimento de modelos de previsão do teor volumétrico de água disponível no solo para o cultivo, utilizando variáveis como precipitação, evapotranspiração, coeficiente de cultivo específico para o amendoal e teor de água no solo; sistemas baseados em inteligência artificial e dados satelitais que permitem guiar veículos autónomos em atividades agrícolas, aumentando a eficiência e reduzindo o impacto ambiental; e ainda a aplicação de computação quântica para estimar com maior precisão o rendimento das colheitas, facilitando a planificação e a gestão sustentável dos recursos.

Um dos aspetos mais relevantes do AgrarIA é o seu compromisso com a sustentabilidade tecnológica. Ángel salientou que a utilização de tecnologias avançadas não deve implicar um aumento da pegada de carbono devido ao maior consumo energético associado aos modelos de inteligência artificial. Por essa razão, o projeto promove, desde a sua conceção, o desenvolvimento de algoritmos verdes, concebidos especificamente para serem energeticamente eficientes e ambientalmente responsáveis. Este enfoque está alinhado com o Programa Nacional de Algoritmos Verdes, lançado em Espanha, que procura garantir a integração de critérios de sustentabilidade desde as fases iniciais de desenvolvimento das tecnologias de inteligência artificial.