Segunda campanha de voo do projeto SONORA da Comissão Europeia

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De 20 a 22 de novembro, foram realizadas as segundas provas de voo do SONORA (Support to Standardisation Actions for EGNOS and Galileo in the U-Space), projeto da Comissão Europeia e desenvolvido por um consórcio liderado pela VVA Brussels e do qual fazem parte a GMV, CATEC, MCI e RP Legal & Tax.

Financiado pela Comissão Europeia, o projeto SONORA tem como objetivo fundamental o desenvolvimento do futuro da indústria U-Space e dos sistemas aéreos não tripulados. O U-Space é o conjunto de serviços e procedimentos que estão a ser desenvolvidos para possibilitar um elevado número de operações com aeronaves não tripuladas, de forma ordenada, fluida e segura. A Comissão Europeia estabeleceu um quadro regulatório que permitirá gerir o tráfego de drones de maneira automatizada e integrada com a aviação tripulada. O Ministério dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana de Espanha estabeleceu o Plano de Ação Nacional para a Implementação do U-Space (PANDU) para cumprir esta regulamentação europeia.

O projeto SONORA propõe revolucionar a indústria, incorporando os serviços do Sistema Global de Navegação por Satélite Europeu (EGNSS) às suas normas e regulamentos, ao mesmo tempo que fomenta a implementação de soluções baseadas em EGNSS no contexto U-Space. O EGNSS é um sistema de navegação por satélite que proporciona serviços de posicionamento, navegação e sincronização de tempo na Europa. Consiste em dois componentes principais: o sistema Galileo e o sistema EGNOS.

No âmbito do projeto SONORA estavam previstas duas campanhas de voo, uma em contexto aberto e outra em contexto urbano. A primeira teve lugar em novembro de 2022 no centro ATLAS (Centro Tático do Laboratório de Tráfego Aéreo para Sistemas Avançados Sem Tripulação), situado em Jaén. O seu objetivo foi compilar e analisar dados GNSS (Global Navigation Satellite System) recolhidos por diferentes equipamentos e tecnologias para apoiar o desenvolvimento e a verificação de normas e avaliar vários serviços EGNSS novos, como o Galileo HAS (High Accuracy Service) e OS‑NMA (Open Service - Navigation Message Authentication), num contexto isento de obstáculos.

As segundas provas de voo de drones do projeto SONORA realizaram-se entre os dias 20 e 22 de novembro em Benidorm (Alicante, Espanha). Durante três dias, analisaram-se os resultados de um estudo similar ao primeiro ensaio, mas num cenário urbano, mais complexo em termos de navegação. Incluiu-se o uso de recetores GNSS hibridados com outras tecnologias, como por exemplo as de medição inercial (IMU), utilizada para medir a velocidade angular e a aceleração de um objeto, permitindo uma análise de movimento em profundidade.

Por isso, o consórcio responsável pela execução do projeto planificou meticulosamente uma série exaustiva de planos de voo para avaliar a precisão, disponibilidade, continuidade e integridade dos recetores GNSS integrados com IMU ou outras tecnologias complementares.

Para além disso, as provas irão ajudar a avaliar o rendimento de diversas tecnologias de equipamentos e sistemas GNSS (por exemplo, GPS, Galileo, EGNOS, futuro DFMC de EGNOS, RTK-PPP, etc.) e a melhorar a compreensão das operações de sistemas aéreos não tripulados em contextos urbanos, mediante a emulação de operações na Categoria Específica no nível de risco SAIL III, índice utilizado na avaliação de riscos de segurança na operação de drones.

Baseando-se na análise posterior dos resultados das provas, o consórcio irá apresentar comentários aos organismos reguladores com a intenção de agilizar os processos de autorização para operações de risco médio (SAIL III-IV) no âmbito da Categoria.

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