Também este ano Santander foi mais uma vez o epicentro das Tecnologias da Informação e das Telecomunicações, onde os principais protagonistas do sector TIC se reuniram no 29º Encontro das Telecomunicações e Economia Digital, organizado pelo AMETIC.

Sob o lema, “Estratégias para o Mercado Único Digital”, a 29ª edição do Encontro teve como objectivo outorgar às TIC o título de melhor ferramenta e motor de impulso da transformação digital, como peça-chave para a recuperação económica e bem-estar social do país.

O Encontro contou com o apoio da GMV e com a participação de Luis Fernando Álvarez-Gascón, Director-Geral da GMV Secure e-Solutions, que fez uma revisão às novas tendências que estão a marcar a transformação digital: Big Data, Internet das Coisas (IoT)…, que já estão a ser implantadas em sectores como a saúde, indústria automóvel, seguradoras ou indústria 4.0.

A GMV está a aplicar tecnologias inovadoras que estão a contribuir para esta transformação digital, tanto no campo da saúde com técnicas de analítica preditiva para epidemologia, como na luta contra a fraude bancária baseada em tecnologias de inteligência artificial, ou como na optimização da agricultura pela observação da Terra através de dados recolhidos por satélites, entre outros.

 

 Álvarez-Gascón dedicou parte da sua palestra a destacar a importância da segurança (“os maus já fizeram a sua transformação digital”) e sublinhou que em algumas indústrias “não se está a valorizar suficientemente a segurança”, que deve ser peça-chave nesta transformação digital. Deve-se reclamar além disso uma regulamentação única e coordenada na Europa, um esforço na formação e na consciencialização da cidadania. Defendeu também que as empresas devem adoptar fórmulas responsáveis de governação dos sistemas de informação porque “ com o que fazemos como indústria, temos uma responsabilidade sobre a qualidade de vida das pessoas”.

Sobre a privacidade, destacou o facto de que “como consequência do IoT, tecnicamente é possível que qualquer um de nós esteja inteiramente vigiado 24 horas por dia… a qualquer momento e em qualquer lugar. Num país democrático, como é o nosso, cumpre pedir aos governos que respeitem os direitos humanos, sendo um deles a privacidade”. Álvarez-Gascón referiu dados da Comissão Europeia onde se revela que “ metade dos cidadãos duvidam que aquilo que se obteria da IoT compensaria o que se perderia em privacidade” e explicou que “a vigilância total não é a melhor estratégia de segurança para proteger os cidadãos”.

Para concluir a sua participação, Álvarez-Gascón assinalou que “é evidente estarmos a contribuir para o progresso económico, mas não é menos evidente que, com o que fizermos, também estamos a definir a qualidade de vida da nossa sociedade e, nesse sentido, também temos como indústria uma responsabilidade”.

Se quiser ver a palestra completa de Luis Fernando Álvarez-Gascón, clique aqui.