A época cibernética que virá é a do capital intelectual

A GMV fez história no dia 12 de Junho, celebrando o seu 30º aniversário a olhar para o futuro. Com a participação de Michio Kaku, Daniel Sieberg, Bas Lansdorp e Julio Mayol, mostrou-se como as novas tecnologias vão ter impacto nas nossas vidas ao longo dos próximos 20 anos.

A Presidente da GMV, Mónica Martínez Walter, inaugurou a Jornada destacando a relevância que tem a inovação no presente e no futuro das empresas. Seguidamente interveio Carmen Vela, Secretária de Estado da Investigação, Desenvolvimento e Inovação, do Ministério da Economia e Competitividade da Espanha, que destacou a forte posição que a GMV tem no panorama tecnológico espanhol pela sua contínua aposta na inovação. “As empresas devem envolver-se muito mais no I+D+i que é o caminho para a competitividade e para a utilidade”, comentou. O objectivo estabelecido pela Europa consiste em fazer com que dois terços da inovação provenham da I+D+i empresarial, sendo portanto necessária “a criação de um ecossistema em volta da inovação. Para o seu desenvolvimento, o Governo Espanhol vai investir 1.800 milhões de euros”. Por fim, Vela destacou o brilhante presente e futuro da GMV.

Em seguida, o reconhecido físico norte-americano Michio Kaku, deu uma conferência magistral na qual sublinhou que a época cibernética que virá é a do capital intelectual. “Estamos a passar de um capitalismo de bens para um capitalismo intelectual, o capitalismo perfeito. O consumidor terá ao seu alcance todas as informações sobre os melhores produtos do mercado, o que aumentará a competitividade entre as empresas, as quais terão de esforçar-se por oferecer a melhor opção a um preço competitivo. Inclusivamente será possível a personalização em massa dos produtos de consumo”.

Outro conceito em que Kaku insistiu durante a sua palestra foi o de que não se deve lutar contra as diversas vagas de inovação pelas quais necessariamente atravessa a humanidade. “Encontramo-nos na quarta dessas vagas e a biotecnologia, a inteligência artificial, a nanotecnologia ou a ciência molecular são as suas grandes protagonistas. O fio condutor que as une todas são as Telecomunicações.” Relativamente aos computadores, o Físico assegurou que vão desaparecer tal como os conhecemos actualmente. Toda a computação que já reside na nuvem, dará lugar à irreversível digitalização do capitalismo. “Os computadores estarão nas paredes, no chão ou mesmo debaixo da nossa pele. Pagaremos as coisas com o telemóvel, com o relógio ou apenas pestanejando”.

De acordo com Kaku, a segunda vaga de inovação terá lugar no campo da Medicina. “A nanomedicina poderá localizar e matar células cancerígenas e inclusivamente identificar a aparição de tumores dez anos antes da sua formação. Actualmente está a trabalhar-se no cultivo de órgãos humanos”.

Depois da intervenção de Michio Kaku, o comunicador científico Eduard Punset abriu o debate com o resto dos participantes. Daniel Sieberg, Director Sénior de Marketing da Google, reflectiu sobre a necessidade de recuperar o equilíbrio da vida num mundo tão tecnológico. “Devemos tomar consciência de nós mesmos, uma vez que a tecnologia está a converter-se em algo invisível no nosso dia-a-dia. Por isso devemos aprender a geri-la, prestando a devida atenção às pessoas que se relacionam connosco.” Esta realizada já está a ser capitalizada por algumas empresas como a Google, mediante o desenvolvimento de tecnologias que ajudam a humanidade, destacando "que nos negócios nenhuma comunicação por email poderá substituir um bom aperto de mãos e uma conversação cara-a-cara.”

Por sua vez, Bas Lansdorp, CEO de Mars One (projecto privado que pretende estabelecer uma colónia humana permanente em Marte), conseguiu animar a audiência com esse ambicioso projecto. “O assentamento previsto para 2024 será o momento mais decisivo da história da humanidade, quando o ser humano tiver começado a colonização de outro planeta”, assegurou. De acordo com a máxima de Lansdorp, “não há obstáculo que não possamos superar”. Mars One contará com fornecedores aerospaciais consolidados para desenvolver e fabricar todos os componentes necessários às missões.

O último a intervir no debate foi o Doutor Júlio Mayol, Director da Unidade de Inovação do Hospital Clínica de São Carlos de Madrid e professor em universidades da Espanha e dos EUA. “A única maneira de criar o futuro consiste em falar com ele”, sublinhou. De acordo com Mayol, a medicina do futuro compõe-se de três elementos perturbadores: um novo modelo de negócio, a inovação tecnológica e a mudança nas pessoas. “O sistema de saúde não dá protagonismo ao indivíduo. No futuro, o objectivo consiste em fazer com que os pacientes percebam a qualidade da sua saúde. Para dar valor à saúde, é assim necessário fazer uma mudança para um modelo que nos leve à medicina populacional transparente. Graças à nanotecnologia e à digitalização conseguiremos diagnósticos não invasivos”.

Finalmente, Mónica Martínez Walter encerrou o acto recordando o objectivo final da conferência: dar uma visão a longo prazo capaz de inspirar os principais representantes do sector e sensibilizar a sociedade sobre a importância de investir hoje na investigação e no desenvolvimento das tecnologias que dirigirão o futuro. “A capacidade de inovação e liderança tecnológica continuará a ser parte da identidade da GMV, foi e será a chave do nosso sucesso empresarial”.


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