A GMV participa no projecto ArcFUEL para o registo cartográfico de combustíveis florestais

A GMV, multinacional tecnológica espanhola, participa no projecto ArcFUEL, que apresenta uma metodologia completa e moderna para o registo cartográfico de combustíveis florestais na região Mediterrânica da Europa, assim como uma série de bases de dados geoespaciais de classificações de combustíveis, acessíveis através da Web e baseadas em dados acessíveis e interoperáveis, de acordo com os princípios INSPIRE.

O ArcFUEL está enquadrado no programa LIFE+, o único instrumento financeiro da União Europeia dedicado exclusivamente ao Ambiente. O projecto é liderado por EPSILON International SA e nele participam, além da GMV, destacadas organizações e laboratórios europeus relacionados com a investigação e luta contra os incêndios florestais (Universidade Aristotélica de Tessalónica, Algosystems SA, ADAI e Epsilon Italia srl).

A metodologia do projecto ArcFUEL, que utiliza técnicas de teledetecção e dados de observação da Terra, foi mostrada numa série de áreas de teste na bacia Mediterrânica, a área mais duramente afectada pelos incêndios florestais na União Europeia.

Os incêndios florestais não respeitam as fronteiras, não sendo raro ver no Verão um fogo a propagar-se de um Estado-membro para outro Estado vizinho. A gestão efectiva dos incêndios florestais requer um registo cartográfico de combustíveis que raramente se encontra disponível. Com muito poucas excepções, os registos cartográficos de combustível florestal existentes na Europa são de âmbito local ou regional e muito heterogéneos entre si, pois além de corresponderem a datas diferentes, são feitos com diversas abordagens metodológicas. O ArcFUEL pretende minimizar essa insuficiência por meio da padronização de um fluxo de produção aplicável em qualquer lugar da Europa e que além disso seja compatível com os esquemas para dados geoespaciais da INSPIRE.

A composição, estrutura e o estado do combustível florestal são dois factores que dominam a dinâmica do fogo. É fundamental conhecerem-se os modelos de combustível e os seus padrões espaciais para que se possa coordenar a estratégia de gestão mais adequada para os incêndios florestais, conforme as quatro fases do seu ciclo de vida:

  • Fase de prevenção e preparação (anterior ao fogo): requer acções de educação e consciencialização de modelos de risco de incêndios florestais e de acções que aumentem a resiliência, tanto da população como do meio natural. O registo cartográfico de combustíveis tem uma importância fundamental no planeamento destas medidas, incluindo as queimadas prescritas.
  • Fase de emergência (durante o fogo): requer informações fiáveis, em tempo real, para identificar as prioridades do risco e tomar decisões rápidas. A simulação da propagação do fogo apoia-se necessariamente num registo cartográfico de combustíveis florestais.
  • Fase de impacto (depois do fogo): Os incêndios florestais aumentam o risco de inundação e/ou erosão, num grau que depende do tipo de combustível existente.

O projecto FUELMAP, financiado pelo JRC (Joint Research Centre) da CE e liderado pela GMV, foi pioneiro no registo cartográfico de combustíveis à escala pan-Europeia, uma vez que facultou a primeira abordagem a um esquema ou contexto de classificação hierárquica de combustíveis florestais especificamente adaptado às paisagens europeias. É este contexto que actualmente se está a utilizar como base no ArcFUEL.

O ArcFUEL representa uma importante contribuição para a padronização na produção deste tipo de mapas na Europa, iniciada por FUELMAP com base na exploração de um conjunto de dados geoespaciais e, no caso do ArcFUEL, na exploração de dados de fácil acesso para observação da Terra.

A GMV contribuiu para o ArcFUEL com a definição do fluxo de trabalho e da cadeia de processamento, assim como para a implementação desta cadeia nas duas áreas-piloto espanholas, uma delas situada na reserva da Biosfera da Sierra de las Nieves (área de treino) e a outra nas províncias de Málaga e Córdova (área completa de trabalho). Para desenvolver o projecto, a GMV faz uso de dados espaciais gerados pela Rede de Informações Ambientais da Andaluzia (REDIAM) e pelo Ministério da Agricultura, Alimentação e Ambiente da Espanha.


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